quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Não sou como a abelha saqueadora que vai sugar o mel de uma flor, e depois de outra flor. Sou como o negro escaravelho que se enclausura no seio de uma única rosa e vive nela até que ela feche as pétalas sobre ele; e abafado neste aperto supremo, morre entre os braços da flor que elegeu."



-- Roger Martin du Gard, Os Thibault

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mor,

Desisto de encontrar palavras...

Só de pensar que vou chegar em casa não vais estar dá até um vazio aqui dentro.
O tempo até custa a passar, tudo ficou menos colorido...
Te vi a algumas horas, mas vou te dizer que já me faz uma falta gigante.
Cada minutitnho que eu passo contigo, vale mais do que tudo...
E esses dias-bônus, apesar dos pesares, foram ótimos e super valeu a pena,
simplesmente por estares aqui, comigo, pertinho, delicinha.
E quando eu digo que não precisas agradecer, quero dizer que não chegou nem perto
de tudo o que eu sou capaz e faria por ti, e pra te ver feliz.
Assim como dizer que  EU TE AMO não chega nem perto de tudo o que eu sinto...

Já to com saudade,
contando os dias pra chegar.

pra sempre...(L)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Não faz sentido.

Ao longo dos anos da minha vida vi as pessoas ao meu redor trabalhando. Nada contra o trabalho, é necessário, faz bem, garante-nos o que precisamos.Quem tem um trabalho tem sorte, isso é fato, eu sei. Mas, a grande questão é: até onde vale a pena? É uma pergunta que eu sempre me faço, em todas as questões e assuntos relacionados à vida. Ao meu ver, é necessário equilibrio, bom senso, e não levar tão a sério. Calma, não confunda esse ultimo com irresponsabilidade; afinal de contas, trabalhar é compromisso e compromisso é coisa séria. Deixando as coisas em dia, fazendo tudo sem deixar nada pra depois, ou pra manhã, tendo tudo certinho, me diga, qual o problema de não ir trabalhar um dia,dois,três,que seja? Naquele dia que 'aquela' pessoa ta perto, ou que o filho ta doente, ou que simplesmente você tem aquela vontade louca de comer pipoca num dia de chuva. O que eu digo é: permita-se. Não seja escravo do trabalho, não seja escravo do dinheiro. É necessário? É, eu não nego. Mas, que diferença um dia mal trabalhado vai fazer? Nenhuma.
 Desde que me conheço por gente vi meus pais trabalhando; Sim, é graças a eles que temos o que temos hoje. Entretanto, nunca se permitiram. Nunca ficaram em casa num dia de chuva só por ficar, nunca ficaram em casa quando estávamos doente, nunca ficaram em casa quando estavam doentes...Trabalharam pra viver ou viveram pra trabalhar?o que eles tem? que lembranças? Nunca mataram um dia pra fazer nada juntos, nunca mataram um dia pra brincar de um jogo com a gente...Resultado? Aos poucos tudo foi indo pros ares, ou melhor, pro trabalho. Ao longo dos anos, foram trabalhando cada vez mais, chegando cada vez mais cansados, se distanciando cada vez mais...Até que não sobrou nada. respeito? pelo chefe: nunca chegar atrasado.Amor? pelo trabalho: dar o máximo de si. Reconhecimento? NENHUM. Fim da história: mudaram de emprego várias vezes e nunca foram devidamente reconhecidos.Então, faz sentido? NÃO.Valeu a pena? ...(?)
Eu, sinceramente, não quero ser assim e não quero isso pra mim.É uma coisa que tenho bem clara e certa nas minhas convicções: vou trabalhar, fazer o possível,  me dedicar, ser responsável e assumir o compromisso. Mas o trabalho NUNCA virá em primeiro lugar, esse lugar é um privilégio meu e de quem eu amo e não há quem tire isso da minha cabeça.
O fato é que, poucas coisas valem realmente a pena na vida. Uma delas é o tempo. Tempo que passa, não volta mais. Tempo é vida. Vida que passa não volta mais. O dia não volta mais. Passou, ja era. Meu tempo vale muito; minha vida vale muito pra ser passada assim...


mor, eu te amo muito!